Autor: Carlos Alberto - Data: 20/04/2017 15:24

Deputado Emidinho Madeira defende qualidade da carne durante audiência

Temos que defender a classe produtora e não os especuladores do mercado que lucram em cima do suor de quem trabalha", disse o deputado
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O deputado Emidinho Madeida, que também é produtor rural e profundo conhecedor da realidade do setor em Minas Gerais, fez defesa contundente dos pecuaristas de gado de corte de Minas Gerais e da região do Sul e Sudoeste e teceu duras críticas a órgãos de governo que muitas vezes mais atrapalham do que ajudam o agronegócio. Seu pronunciamento foi durante audiência pública conjunta das Comissões de Agropecuária e Agroindústria e de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manhã desta quinta-feira (20/4/17). “Estive na cidade de Ipuiúna, no Sul de Minas, conversando com um criador de gado. Ele estava com uma boiada pronta pra vender, mas o preço já estava a R$ 30,00 a menos por arroba. Para se ter ideia em apenas um boi de 20 arrobas o prejuízo para o produtor é de R$ 600, 00/cabeça. O lucro vai tudo embora. Isso é uma irresponsabilidade e uma covardia com quem produz. Tem muitos órgãos do governo que num simples comentário prejudica muito o produtor rural e não é somente na produção de carne. O cafeicultor tem sido constantemente prejudicado quando soltam previsões de safra fora da realidade. Temos que proteger primeiro é a classe produtora e não os especuladores do mercado, que lucram em cima do suor de quem trabalha”, disse o deputado, que tem se destacado como o principal parlamentar em defesa do setor rural na Assembleia Legislativa de Minas.

 

SOBRE A AUDIÊNCIA

A carne produzida em Minas não apresenta riscos para o consumidor. A garantia foi dada por órgãos de fiscalização estadual e federal em audiência pública conjunta das Comissões de Agropecuária e Agroindústria e de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manhã desta quinta-feira (20/4/17). A reunião tratou dos impactos da operação Carne Fraca, realizada pela Polícia Federal em março deste ano, que detectou irregularidades na cadeia produtiva da carne pelo País.
O representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Pereira, garantiu que o Brasil tem a melhor e mais barata carne do mundo. Segundo ele, Minas Gerais não teve nenhum estabelecimento citado na operação e tem um produto confiável para o consumidor. Ao se dizer preocupado com o produtor rural, ele destacou que o País está exportando até mais do que antes da operação, apesar de o faturamento ter caído. “Existe o oportunismo do mercado internacional que está pagando menos pelo produto. A imprensa foi sensacionalista, uma vez que o problema é pontual”, lamentou. “Foram colhidas 302 amostras e apenas 10% apresentaram irregularidade. Deste pequeno montante, apenas 2% tinham produtos não permitidos”, completou.

O coordenador de Vigilância Sanitária e Ambiental da Fundação Ezequiel Dias, Kleber Eduardo da Silva Baptista, também tranquilizou os consumidores. De acordo com ele, as amostras feitas do ponto de vista higiênico e sanitário, que busca produtos proibidos, determinou que a carne mineira tem um percentual de reprovação muito baixo (menos de 10%). “A qualidade do produto é satisfatória e as reprovações, em geral, estão no que se refere à rotulagem e o teor de sódio. A contaminação é mínima”, salientou. O técnico explicou, ainda, que o órgão realiza análises reconhecidas como uma das mais abrangentes do País para produtos derivados de carnes e embutidos.

O técnico da Vigilância Sanitária de Belo Horizonte, Leandro Esteves, relatou que, após a deflagração da operação Carne Fraca, foram feitas inspeções em 80 estabelecimentos e pontos de venda de carnes na Capital e que em nenhum deles se comercializa as marcas citadas como irregulares. Da mesma forma, o representante do Procon Assembleia, Pedro Baeta, disse que não foi recebida pelo órgão nenhuma reclamação de consumidor no que se refere à qualidade da carne em Minas Gerais.

Ministério Público alerta para os riscos dos produtos artesanais

O procurador do Ministério Público (MP), Rodrigo Filgueira de Oliveira, afirmou que há uma preocupação relevante do órgão com a segurança alimentar no Estado e que a atuação é preventiva e punitiva. Ele garantiu que as informações veiculadas pela imprensa e pela internet sobre a operação Carne Fraca ainda não foram confirmadas, mas disse que o maior desafio do órgão são os chamados produtos artesanais. “O Ministério Público ainda não recebeu e está aguardando provas de alimentos contaminados em Minas Gerais. Nossa preocupação são os produtos de origem animal que não passam por qualquer inspeção sanitária”, ponderou.

O diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Marcílio de Souza Magalhães, salientou que o processo de inspeção é sistêmico, o que garante a fiscalização ideal de produtos derivados da carne. Ao explicar como se dá o trabalho, destacou que existem infratores, mas que as instituições funcionam e punem quando necessário. “O importante, agora, é recuperar a credibilidade do nosso produto no mercado internacional abalada pela operação Carne Fraca”, afirmou.

Cadeia produtiva – Em sua rápida participação, o secretário de Estado de Agricultura e Agropecuária, Pedro Leitão, defendeu a importância do setor para a economia mineira. Segundo ele, o agronegócio exporta cerca US$ 800 milhões por ano e emprega aproximadamente 250 mil pessoas. “O segmento abrange 45% do saldo da balança comercial do Estado e só a cadeia produtiva da carne movimenta quase R$ 20 bilhões anualmente. Defendo a integração do sistema de fiscalização e fomento em todo o País”, alegou.

Parlamentares criticam divulgação da operação Carne Fraca

Os deputados que participaram da audiência pública chamaram de sensacionalista a cobertura da imprensa da operação deflagrada pela Polícia Federal. Os deputados Emidinho Madeira (PSB), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Inácio Franco (PV) fizeram coro aos colegas que os antecederam e reafirmam que o trato dado pelos veículos de comunicação no que se refere à operação Carne Fraca foi sensacionalista. “O produto mineiro é forte e de qualidade. Estamos tendo prejuízos e queremos uma fiscalização séria e que não provoque um pânico irreal no consumidor”, afirmou Inácio Franco.

FRASE:
“O setor rural tem conseguido, a duras penas, ser uma exceção na economia brasileira. Somos 6 milhões de trabalhadores brasileiros na cadeia de produção de carnes bovina, suína e de aves eembarcamos, anualmente, 262 mil containers para 160 países. Portanto, precisamos de mais respeito e responsabilidade ao tratarmos de um assunto de interesse nacional como este que envolve um dos setores mais desenvolvidos do agronegócio no Brasil”, ressaltou o deputado Emidinho Madeira

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