Autor: Carlos Alberto - Data: 11/07/2017 16:15

Devoto de Maria Santíssima peregrina há 25 anos após cura de um câncer e atropelamento de trem

Antônio Pereira, hoje com 71 anos, saiu de casa aos 45, tendo já vivenciado emocionantes histórias para testemunhar sua fé em Nossa Senhora Aparecida
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O cidadão Antônio Pereira, de 71 anos, natural de Porto Velho, Rondônia, visitou o Jornal JOGO SÉRIO nesta manhã de terça-feira, 11 de julho, quando relatou sua peregrinação de quase vinte e cinco anos. Devoto de Nossa Senhora Aparecida, ele percorre o Brasil e outros países desde 1991, a fim de testemunhar a graça recebida da Santa, pela cura de um câncer. Admirado por muitos, mas vítima de preconceito e até de violência física, o romeiro está prestes a concluir a missão. Nesta vídeo-matéria, o público constatará a grandeza de um homem cuja fé em Maria Santíssima ultrapassou as barreiras do materialismo, tendo ele deixado família, terras e comodidade para pagar a promessa.

Antônio iniciou sua caminhada em 15 de janeiro de 91, após ter sido curado de um tumor maligno e sobrevivido ainda a um atropelamento de trem. “Fiz a promessa com 45 anos, pois os médicos encontraram o câncer na garganta, eu cheguei a perder quase toda a visão. Em casa, apesar daquelas condições, sentia a necessidade de ajudar minha esposa e fui buscar gravetos para ela fazer pão. Foi quando o trem me atropelou e seria preciso amputar as pernas. Aí, fiz a promessa à minha amiguinha aqui, com quem ando há 25 anos, a pé. Em todas as cidades, visito uma igreja católica, permaneço lá, em oração, por uma hora. Já passei por Uruguai, Argentina, Bolívia, Paraguai, Cuiabá, Campo Grande, Paraná, Goiás, Minas Gerais, São Paulo. Faltam 400 quilômetros...”, contou ele.

Entre provações, momentos de reconhecimento e perigo, Antônio contabiliza uma história digna de ser publicada em livro: “Foram vinte e três assaltos, sendo dez em Goiás e treze em Mato Grosso. Eles queriam dinheiro, mas eu levava só a Santinha na bolsa que tenho. Eles se zangavam, me batiam, jogavam a Santa no chão, eu agachava, limpava a imagem e seguia em frente, sem perder a fé em Nossa Senhora. Mas, por outro lado, muita gente me ajudou. Só de famosos foram Tinoco, os cantores Milionário e Zé Rico, em Santa Adélia; Inezita Barroso, ‘a mãe das violeiras do Brasil’; Hebe Camargo, em Taubaté; Ratinho, Gugu Liberato, Sônia Abrão, Chiquinho Pinheiro... todos pegaram nesta Santinha, que está em Guaxupé. Aqui, inclusive, será o último pouso no Estado de Minas Gerais”, contou ele.

De sua vida pessoal, deixada há quase três décadas em Porto Velho, Antônio espera reaver o casal de filhos gêmeos, hoje com 25 anos, a esposa, os quinze irmãos e as terras deixadas pelos pais: “O menino é advogado e a menina professora. Eles foram criados pelos meus irmãos, pois nós somos em quinze filhos, que herdamos a fazenda de 500 hectares. Nós não vendemos e eles estão cuidando das terras até eu voltar. Enfim, em muito breve estou chegando a Rondônia, graças a Deus”, disse ele.

Da caminhada, Antônio deparou com muita gente enferma, a quem sempre deu seu testemunho, com o objetivo de amenizar as dores alheias: “A primeira coisa é acreditar em Deus, ter fé em Nossa Senhora, rezar bastante. Por mais difícil que seja sua situação, faça suas orações às 6h e às 18h, peça à Menina, que vocês conseguirão”, aconselhou ele, que partiu da redação do Jornal JOGO SÉRIO, prestes a concluir a peregrinação de vinte e cinco anos.

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