Autor: Carlos Alberto - Data: 09/11/2017 16:37

Bombeiros apontam irregularidades na "Palet", ameaçam interditar a entidade, mas depois autorizam funcionamento

Polêmica, gerada após entrevista coletiva na sede dos bombeiros, teria sido maior do que o necessário
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Representantes do Corpo de Bombeiros de Guaxupé protagonizaram uma grande polêmica nesta sexta-feira, 3 de novembro, por conta da ameaça de interdição à Clínica Palet, dedicada ao tratamento de dependentes químicos. O local, que foi inspecionado pelas referidas autoridades, estaria em desacordo com a legislação, sendo necessário o fechamento até que as pendências fossem sanadas. Porém, após um certo tumulto em função das consequências da decisão, a referida comunidade terapêutica recebeu autorização para funcionar em caráter provisório. O fato, conforme o JOGO SÉRIO divulgou em sua versão online, gerou protestos de gente favorável à instituição, enquanto outros, contrários ao sistema do local, endossaram o fechamento.

A Palet foi visitada pelos bombeiros na manhã de sexta-feira, quando policiais militares, representantes da Vigilância Sanitária e perito da Polícia Civil teriam encontrado problemas de diferentes ordens. Entre eles, falta de espaço adequado em quartos, fiações expostas, alimentação mal armazenada e chegou-se inclusive a ser dito que haviam, na Clínica, entre homens, duas mulheres internadas, sendo uma menor de idade. Tais fatos, ainda naquele dia, resultou numa entrevista coletiva por parte dos bombeiros, tendo o sargento Lemos declarado: “Lá não possui nenhuma das medidas de combate à incêndio; não possui nenhuma das medidas de segurança, previstas na Lei 14.130, do Decreto 46.595... e, diante desta situação, o Corpo de Bombeiros pedirá a interdição. Até propusemos que buscassem alguma medida imediata para tornar o local seguro hoje, mas eles não têm condições”, afirmou Lemos.

Num dia tumultuado, dirigentes da Palet inicialmente não foram encontrados na entidade, mas por telefone protestaram contra a decisão do bombeiros: “Estas acusações não procedem, pois ninguém foi flagrado em situação de maus tratos em nossa clínica. A menina estava lá por conta de um surto psicótico, mas já seria removida para a ala feminina. Também não há nenhuma mulher grávida, conforme falaram e, acima de tudo, nosso trabalho sempre foi honesto. O problema é que mudamos recentemente de endereço e ainda não deu tempo para regularizar a documentação. Mas estamos correndo atrás de tudo! Não temos como retirar todos os internos daqui, deste jeito, e enviá-los para onde?”, indagou o diretor da Palet, pastor Luiz Carlos Evangelista Júnior.

À noite, quando os bombeiros interditariam a Clínica, foi divulgado um acordo entre os dirigentes e os militares, que autorizaram o funcionamento normal do local, com a promessa de que as irregularidades estruturais serão sanadas em até sessenta dias: “A Clínica diminuiu os riscos na edificação, colocando extintores, iluminação de emergência, desobstruindo as saídas de emergência e retirando parte de material combustível dos quartos. Agora, estão elaborando o projeto e têm 60 dias para regularizá-lo, podendo o prazo ser prorrogado através de pedido formal, constando o cronograma de elaboração/execução do projeto”, informou o tenente Josué Pereira, comandante do Corpo de Bombeiros de Guaxupé. Segundo ele, também não foram constatados episódios de maus-tratos a assistidos: “Isso eu já não sei dizer, pois quando chegamos lá não havia ninguém com essas características. Nossa parte foi voltada para a estrutura de segurança do local”, concluiu o militar. A polêmica na Palet, além disso tudo, resultou na série de manifestações contrárias e favoráveis à entidade, tendo pessoas opinado tanto pelas redes sociais quanto por telefone e até pessoalmente.

 

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