Autor: Carlos Alberto - Data: 13/03/2019 13:08

Enchente no Parque da Figueira destrói calçamentos e deixa casas alagadas

Transtorno teria sido provocado por uma obra da Copasa em lote particular, onde a água se represou e provocou a inundação. Alagamentos no local, porém, ocorrem constantemente, há mais de trinta anos
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Moradores do Parque da Figueira, em Guaxupé, foram surpreendidos por uma enchente no final da tarde desta terça-feira, 12 de março, quando caiu sobre a cidade uma chuva intensa. Supostamente provocado por uma obra em andamento, a qual teria sido iniciada pela Copasa, na semana passada, o alagamento atingiu ruas, automóveis e adentrou várias residências. Num clima de transtorno e danos gerais, as famílias afetadas revoltaram-se mais uma vez, haja vista que inundações em vias daquele bairro são constantes já há mais de trinta anos, conforme denunciaram os proprietários.

A aguaceira, conforme apurado, desceu de bairros mais altos, como Vila Santo Antônio, Vila Rica, entre outros. Exatamente num terreno particular, que fica entre as ruas Alvarenga Peixoto e Tomaz Antônio Gonzaga, onde ocorre o serviço de infraestrutura, a água teria sido represada e, com a pressão, rompeu uma manilha e provocou a invasão ao Parque da Figueira. “É estranho, pois está havendo vazamento de uma galeria de terreno particular. Então, solicitamos a presença da Copasa para verificar, haja vista que trata-se de uma rede pluvial, que provocou este dano na Rua Sebastião Rezende”, informou o secretário municipal de Segurança Pública, major Márcio Teófilo Nunes, que compareceu ao local com equipes da Secretaria de Obras e da Defesa Civil.

A ação da água, impulsionada pelo eventual represamento, literalmente “varreu” a Rua Sebastião Rezende, onde parte do calçamento foi arrancado, tendo inclusive bloquetes atingido um Volkswagen Corsa branco, que estava estacionado e teve até seu interior atingido com lama. Junto a isto, a enxurrada invadiu várias casas, tendo surpreendido aos moradores: “A gente sabe que a chuva é fenômeno da natureza, mas pedimos providências urgentes ao poder público, pois lutamos para conseguir as coisas e este tipo de ocorrência gera um grande transtorno”, desabafou o construtor civil Devanir Donizetti. “Está complicada a situação! Estou pensando até em me mudar, pois eles vêm, recolocam as pedras, mas logo o problema retorna”, lamentou a autônoma Viviane Almeida. “Dentro de casa inundou totalmente! Isto é proveniente, eu acho, do terreno lá em cima, onde estão mexendo desde a semana passada, foram embora, e essa ‘terraiada’ desceu tudo para cá! Isto, fora os móveis que estragaram e, então, fiz um BO e alguém vai ter que me ressarcir, doa a quem doer”, avisou o aposentado Sebastião Romeiro, que solicitou a presença da Polícia Militar em sua casa.

O Jornal JOGO SÉRIO aguardou a presença de representantes da Copasa, a fim de esclarecer o motivo pelo qual a água teria sido represada em obra possivelmente feita pela empresa. Em nome da estatal, o encarregado José Arquimedes explicou: “Isto aí é mais em função das chuvas mesmo, com a galeria entupida e isto acontece... muita chuva, com a quantidade de enchentes que tem, elas vão... a enchente desce e a pressão da água desfaz o calçamento das ruas. Isto não é a primeira vez que acontece! Na verdade, pode ser que a galeria esteja entupida, pois teremos de abrir para ver. Mas, o setor de Obras da Prefeitura é que vai cuidar disto aí. Foi aberto (o buraco) e viu-se que a galeria está meio dificultando a passagem da água”, limitou-se o funcionário, que esteve acompanhado por diretores regionais da Copasa no local.

Pouco após o ocorrido, funcionários da Prefeitura já trabalhavam na restituição do calçamento das ruas Sebastião Rezende e Cláudio Manoel da Costa, que foram as mais afetadas. Ainda durante o período mais intenso das chuvas, o vereador Francis Osmar da Silva foi chamado e auxiliou, na medida do possível, moradores que tiveram suas casas invadidas pela enchente: “Eu peço, encarecidamente, aos órgãos competentes que olhem com bons olhos para estes moradores, que há mais de trinta anos sofrem com alagamentos. Sobre este caso, especificamente, meu recado vai para a Copasa: ‘É mais um desserviço prestado à cidade, pois há dois dias eles vêm mexendo neste terreno e a galeria estourou! Então, Copasa, vocês ficarão no nosso município por mais trinta anos, acabaram de sair de uma CPI na Câmara e continuarão com este serviço? Olhem a situação dos moradores, as casas cheias d’água! Eu peço, então, que olhem com bons olhos e façam o que tem de ser feito, pois quem paga é a população, que perde móveis, automóveis e outros problemas, por conta de serviço mal feito’”, finalizou Francis.  

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