Autor: Carlos Alberto - Data: 21/10/2016 14:34

Estudantes do "Poli" e Ginásio manifestam contra a PEC 241 e em favor do "Movimento VEM"

A Grande Avenida ficou tomada por alunos e professores, contrários à Proposta de Emenda Constitucional, que limita as despesas do governo por até vinte anos
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Estudantes e professores das escolas estaduais Dr. Benedito Leite Ribeiro (Ginásio) e Dr. André Cortez Granero (Polivalente), em Guaxupé, promoveram uma extensa manifestação na Avenida Dona Floriana, área central da cidade, nesta manhã de sexta-feira, 21 de outubro. A mobilização, que contou com a participação de público expressivo, teve dois objetivos: primeiramente, divulgar o “Movimento VEM – Virada da Educação em Minas Gerais”, com vistas ao resgate de alunos desistentes; e, no segundo caso, protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional 241, que limita as despesas do governo federal, com cifras corrigidas pela inflação, por até vinte anos. Num dia bastante atípico, a iniciativa contou com organização de grêmios estudantis das duas escolas, os quais planejam pelo menos outras duas passeatas para os próximos dias, em pontos distintos, mas pelos mesmos propósitos.

O manifesto foi iniciado no “Poli”, onde alunos (em bicicletas e a pé) e professores mobilizaram-se, numa passeata pela Grande Avenida. Volumoso, organizado e cheio de energia, o aglomerado ganhou o reforço de centenas de colegas, do Ginásio Estadual, os quais concentraram-se nos semáforos que ligam a “Dona Floriana” às ruas Dom Ranulfo e Capitão João Machado. Lá, por cerca de uma hora, aproximadamente, manifestantes com faixas, cartazes e gritos de ordem externaram suas causas: “Essa manifestação começou em 2015. É um movimento que a Secretaria de Estado da Educação está fazendo para trazer os jovens de volta à escola. Chama-se ‘Campanha VEM – Virada Educação Minas Gerais’ e está tendo uma adesão muito forte por parte dos alunos de nossa escola e do Polivalente. Estamos mostrando à população que as escolas têm cursos e vagas suficientes para abrigá-los”, explicou o professor Ernani Torres Pereira, diretor do Ginásio.

 

“RIVAIS DA PEC”

Já contra a PEC (claramente o motivo maior da mobilização), os estudantes deixaram clara a sua insatisfação: “Não podemos deixar o governo que está lá em cima fazer o que está fazendo conosco, aqui embaixo! A gente está aqui para não aprovar essa nova lei, que é a PEC 241, que congela os gastos da Saúde e da Educação para vinte anos! Isto não pode ocorrer! A maioria da sociedade está cansada com esse povo e, então, tem que acabar com isto!”, reclamou Emerson Gabriel da Silva, do Ginásio. “Protesto em busca de nossos direitos, pois nossas vidas estão em jogo! A PEC prejudica nosso futuro e estamos em busca de mudar isto”, participou Ruth Rodrigues Oliveira. “Achei muito legal o apoio de todo o pessoal e o fato das escolas terem se unido”, continuou Nívea da Rocha Peixoto. “Super valeu a pena, pois as escolas públicas se uniram em busca de um mesmo objetivo. Foi lindo, ótimo! Todo mundo esqueceu qualquer diferença ou preconceito e lutou pelo mesmo objetivo, pois querendo ou não, isto vai atingir a todos”, ressaltou Laíne dos Santos Silva, do 2º ano. “Acho muito interessante a ideia do Grêmio, de promover estas questões políticas para os alunos, pois é algo que não é muito tratado na escola. Ainda mais agora, que eles querem cortar Filosofia e Sociologia e a gente perderá, basicamente, nossas aulas de política e o contato com quem nos governa”, argumentou Weslei Alves de Oliveira. “É um absurdo o que está acontecendo com nosso País. E Guaxupé está demonstrando que os estudantes, com a força jovem, têm condições de exigir e mudar, de fato, esta imposição dos governos em cima da gente”, complementou o diretor Ernani, que se fez presente o tempo todo, junto a outros professores, das duas escolas.

 

PACÍFICA

A manifestação desta manhã foi acompanhada pela Polícia Militar, que deu suporte do início ao fim para a ação estudantil. Ao Jornal, assim que terminou o movimento, o sargento Martin comentou: “Foi uma manifestação como o esperado. Ou seja: pacífica e ordeira, sem problema algum. O pessoal respeitou a todo momento. Inclusive, os usuários da via também respeitaram e, então, transcorreu normal, sem alteração. Sempre que necessitarem da Polícia Militar, a instituição está sempre às ordens”, disse o policial. De acordo com os dirigentes dos dois grêmios organizadores do protesto de hoje, outros já estão sendo preparados, sendo um para este sábado, 22 de outubro, às 15h, na praça da Igreja Catedral; e outro às 7h30 desta segunda-feira, 24, na Praça da Saudade (do Cemitério Luiz Smargiassi).

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