Autor: Carlos Alberto - Data: 05/04/2017 14:45

Universidade e Igreja, em Guaxupé, dizem "não" à Reforma Previdenciária

A atividade acadêmica aconteceu no Auditório Elias José, que fica na FUNDEG
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O reitor do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, professor doutor Reginaldo Arthus e o cura da Paróquia Nossa Senhora das Dores, padre Reginaldo da Silva, ministraram palestras na sede da referida instituição de ensino superior, nesta noite de terça-feira, 4 de abril, sobre a Reforma Previdenciária e todos os temas que envolvem a mais nova polêmica do cenário político-social brasileiro. Convencidos de que as propostas do atual presidente, Michel Temer, são extremamente prejudiciais a boa parte da população, com ênfase às classes menos favorecidas, os dois líderes protestaram contra políticos, veículos de comunicação e até a própria nação, considerada apática aos acontecimentos.

A atividade acadêmica aconteceu no Auditório Elias José, que fica na FUNDEG, onde dezenas alunos dos cursos de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda e Direito, além de professores, ouviram às explanações durante aproximadamente duas horas. Padre Reginaldo, o primeiro a falar, destacou a influência das “tomadas de decisões” em nível internacional, para com os países, principalmente os mais instáveis: “Por exemplo, se o Donald Trump, presidente dos EUA, baixa certa medida, aquilo reflete diretamente no Brasil e em outros países. Mas, infelizmente, o povo brasileiro não toma conhecimento, não tem senso crítico e ‘vai na onda dos outros’, sem raciocinar por suas próprias convicções. No caso de agora, as pessoas estão perdendo seus direitos, os quais foram conquistados há muito tempo, mas quase ninguém está nem aí. A situação é tão perigosa, mas tão pouca gente se atentando para ela, que poucos perceberam o objetivo do governo, de transferir a dívida de grandes empresas para os mais pobres. E isto não pode ser concretizado”, definiu o religioso.

Também o reitor Arthus foi taxativo ao criticar veemente o conteúdo da proposta do governo: “Os argentinos riam de nós há muitas décadas atrás, nos chamando de ‘los macaquitos’, pois lá os cidadãos já tinham direitos sociais, trabalhistas, enquanto nós só obtivemos o que temos hoje por meio de muita luta. Hoje, estudantes, vocês perderam a opinião pública, pois o que a imprensa diz sobre toda esta conjuntura não é verdade, pois fica a mercê daquele que lhe financia! E a população fica ali, alheia a tudo, ainda que esteja sendo seriamente afetada. Há tempos vivemos de golpes neste país!”, disse ele, que a todo momento externou sua insatisfação para com políticas (ou a falta delas) públicas no Brasil.

Além dos dois explanadores, outras pessoas manifestaram-se no evento, como os professores Sérgio Luiz Faria dos Santos (ex-vereador) e Simone Barros: “Estamos com as aulas paralisadas, obtendo apoio dos alunos e seus pais. Mas não estamos de férias, pois não há um só momento em que não estejamos preparando mobilizações, mantendo viva a rede de protestos às PECs e sendo multiplicadores de opinião, a fim de levarmos à população a mensagem de que nossa luta é por todos”, disse Sérgio. “Eu quero aproveitar e pedir aos alunos, aqui presentes, para se mobilizarem também, via internet e levarem seu repúdio até os deputados federais e senadores, pois serão eles os responsáveis por votar estas medidas descabidas”, complementou Simone. Ao final, os presentes reafirmaram suas contrariedades às medidas do governo federal e deixaram claro que não ficarão inertes aos assuntos de cunho social.

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