Autor: Carlos Alberto - Data: 03/07/2017 15:24
Vereador Francis levará polêmica do time do "Rancho" às comissões internas da Câmara Municipal
O vereador Francis Osmar da Silva, técnico do Unidos da Vila/América, levará às comissões de Esportes e Direitos Humanos da Câmara Municipal de Guaxupé a polêmica gerada em torno de sua equipe. Eliminada por W.O., por decisão da arbitragem, em partida que realizaria contra a Assoxupé, pelo Campeonato Municipal de Futebol de Campo, no último dia 11, na Praça Roque Mancini (Campo do Mogiana), a equipe teria sido “retirada” da competição sem argumentos palpáveis.
Francis recebeu, na semana passada, ofício da Divisão de Esportes da Prefeitura, com a eliminação de sua equipe, tendo a Comissão Disciplinar baseado-se no Artigo 45 para punir o América (“A equipe que não se apresentar para jogar, devidamente uniformizada, após o tempo de tolerância perderá por não comparecimento (W.O) pelo placar de 3 X 0 a favor do adversário e será eliminada da presente competição”). O problema é que o time apresentou-se em tempo hábil, devidamente uniformizada (de camisa branca, com detalhes pretos nas mangas, calções brancos, com listras pretas e meias pretas; já a Assoxupé, de camisa listrada em branco e azul, com shorts azuis e detalhes brancos e meiões brancos). Ou seja: cores bem distintas, embora o relatório tenha considerado os jogos de camisas “idênticos”.
A polêmica toda, conforme já noticiado pelo JOGO SÉRIO, teria sido motivada pelo fato de que as duas equipes encontravam-se em campo e o árbitro Jean W. recusava-se a iniciar o confronto por falta de segurança no local (que é de responsabilidade da organização do campeonato). Uma viatura da Polícia Militar até compareceu, mas os policiais informaram a impossibilidade de permanecer no campo, haja vista que teriam ocorrências para atender na cidade. A partir daí, reclama Francis, é que o árbitro passou a cogitar o suposto conflito dos uniformes. Conforme relatório, foram concedidos quinze minutos para o América substituir o jogo de camisa, tendo o prazo sido cumprido, mas com a chegada dos novos uniformes, o árbitro encerrou a partida. Contudo, a decisão foi a julgamento e o grupo, formado por Danilo (Jeck), José Luiz, Marcos Buléd (secretário de Esportes da Prefeitura) e Márcio Nunes (do quadro pessoal da municipalidade) optou por punir o América.
A revolta do time desclassificado, conforme seu treinador, foi originada de uma série de equívocos: entre eles, que a decisão de punir o América por conta dos uniformes partiu de Buléd, o qual sequer viu as cores das camisas antes de dar seu veredito. Outro ponto que desqualificaria o resultado, pontua Francis, é que a arbitragem teria agido de má fé, uma vez que deveria ter suspendido a partida por falta de segurança, tendo, em vez disto, “sacrificado” o América com a perda dos três pontos (considerando-se o fato de que as camisas dos dois times eram bem diferentes e que o juiz, desde o início, declarou haver a necessidade de segurança para fazer o jogo. O impasse, diga-se de passagem, durou pelo menos quinze minutos).
PELO FIM DA INJUSTIÇA SOCIAL!!!
Dedicado à prática de trabalho social, o vereador e professor de Educação Física, Francis, solicitará à Câmara que analise o modo como o esporte guaxupeano tem sido tratado, no tocante às periferias: “A gente tenta fazer um trabalho social por meio do esporte, mas o poder público nos recebe desta forma? Como vou mexer com o brio dos atletas, que no relatório do árbitro foram caluniados, de que eles teriam o ameaçado e tudo? Isto, sem falar de mim, que fui citado como um incentivador da discórdia, sendo que quem esteve lá e as imagens registradas prova justamente o contrário! Então, sei que não poderemos voltar o resultado, mas que haja menos centralização e mais justiça das próximas vezes! O esporte de Guaxupé não é só praticado nos bairros de classe média e alta e nas instituições famosas. Pelo contrário! Guaxupé éformado muito mais por famílias de classes humildes do que elitizadas. Então, mais atenção aos esportistas das periferias!”, criticou Francis.
AS OUTRAS PARTES
Conforme o Jornal JOGO SÉRIO já divulgou, o secretário municipal de Cultura, Esporte e Turismo, Marcos Buléd, admitiu na semana passada não ter visto as cores dos uniformes antes de votar. Também confirmou ter sido ele o responsável pelo voto final e que acatou o relatório da arbitragem, apesar de que o técnico do América apresentou defesa em tempo hábil e que, acima de tudo, não houve nenhuma prova que endossasse as declarações da arbitragem, as quais também serão questionadas na Justiça Comum.
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