Autor: Carlos Alberto - Data: 16/02/2017 14:18

Horário de Verão termina no próximo domingo, quando relógios serão atrasados uma hora

Energia economizada no horário de pico, em todo o estado, abasteceria Belo Horizonte durante 9 dias
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O Horário de Verão termina neste domingo (19/2), a partir da 0 hora, quando os relógios das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste serão atrasados em uma hora. A Cemig registrou redução no consumo de energia de 0,5% no Estado, o que significa que 108.000 megawatts-hora foram poupados. Essa energia seria suficiente para abastecerBelo Horizonte, com 1,5 milhão de habitantes, durante nove dias.

Durante os 126 dias de vigência da medida, a Cemig registrou ainda uma redução diária de 4% na demanda máxima de energia, ou 350 MW (megawatts). Em termos de comparação, isso representa a geração de cinco das seis turbinas da Usina Hidrelétrica Três Marias. Essa redução é suficiente para atender, durante todo o período do Horário de Verão, o pico de carga de uma cidade de 750 mil habitantes, equivalente à soma das cidades de Juiz de Fora e Sete Lagoas.

Segundo o engenheiro de planejamento energético Wilson Fernandes Lage, da Cemig, o objetivo do horário diferenciado é que a população aproveite a iluminação natural mais longa – característica da estação – e reduza a demanda energética no horário de pico, das 18 às 21 horas. “A redução da demanda máxima no sistema é o maior benefício do Horário de Verão, porque alivia o carregamento nas linhas de transmissão, transformadores, sistemas de distribuição e unidades geradoras de energia, aumentando a confiabilidade e a segurança da operação do sistema elétrico, reduzindo o risco de ocorrência de desligamentos no Sistema Interligado Nacional”, explica Wilson Lage.

“Para os consumidores residenciais e comerciais, a economia é percebida na menor utilização da iluminação artificial. Se não houvesse o Horário de Verão, os consumidores poderiam ter um consumo de até 30 horas a mais por mês com a iluminação artificial”, completa.

Brasil

Segundo o Ministério das Minas e Energia, a medida possibilitou uma redução média de 4,5% na demanda por energia no horário de pico e de 0,5% no consumo, nos estados que participam do Horário de Verão, o que equivale aproximadamente ao consumo mensal de energia de Brasília, com 2,8 milhões de habitantes. Além disso, a estimativa de ganhos com o Horário de Verão é de R$ 147,5 milhões, que representam o custo evitado em despacho de usinas térmicas, para atendimento à ponta de carga no período de vigência.

História

A ideia original do Horário de Verão é atribuída a Benjamin Franklin, embaixador dos Estados Unidos na França, que em 1784 percebeu que o sol nascia antes das pessoas se levantarem de suas camas, durante alguns meses do ano. Logo, ele pensou que se os relógios fossem adiantados em uma hora naquele período, as pessoas poderiam aproveitar melhor a luz do dia ao entardecer e economizar velas, já que ainda não existia luz elétrica na época. A ideias do embaixador, porém, não despertaram o interesse das autoridades contemporâneas rapidamente.  No Brasil, a medida foi instituída pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. Ele foi adotado 11 vezes entre 1931 e 1968, de forma descontinuada, voltando a ser aplicado no verão 1985/1986. Desde então, a medida vigora continuamente, há mais de 30 anos.

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