Autor: Carlos Alberto - Data: 02/08/2018 11:31

Suspeitos do roubo ao SICOOB de Guaranésia confessam participações no crime

O major Afrânio, o delegado Marcus Piedade e o investigador Júlio César conversam na porta da Delegacia, sobre o crime
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Os comandantes das polícias Civil e Militar de Guaxupé, respectivamente delegado Marcus Piedade e major Afrânio Garcia, concederam entrevista coletiva nesta manhã de quinta-feira, 2 de agosto, para atualizar as informações relativas ao assalto ao SICOOB de Guaranésia, nesta terça-feira, 31 de julho. Praticado por violenta quadrilha, o roubo resultou na morte do cidadão José Roberto Rodrigues, de 46 anos, o qual foi pego como refém e baleado na cabeça. Desde o ocorrido, as autoridades já capturaram dois envolvidos, os quais prestaram depoimentos e encontram-se recolhidos no Presídio Guaranésia/Guaxupé.
Dr. Marcus e major Afrânio detalharam o desenrolar da ocorrência, após o assalto. De acordo com eles, os dois suspeitos, identificados como Ricardo (Tucaninho), de 19 anos e Fabiano (Monstrinho), com 38, foram capturados numa estrada vicinal entre Guaranésia e Monte Santo de Minas, nesta quarta-feira: "Pelo sistema de câmeras, pôde-se visualizar com clareza que as vestimentas que os dois trajavam eram exatamente aquelas que os assaltantes usavam na hora do crime. Os dois são velhos conhecidos meus, pois trabalhei em São Sebastião do Paraíso por 12 anos, desde 2000. principalmente o Fabiano, vulgo "Monstrinho", já é contumás na prática do crime", informou dr. Marcus.
Ouvidos, Ricardo e Fabiano confessaram participação no delito, mas negaram-se a apontar o restante do bando: "Diante das tratativas e das evidências, durante a lavratura do flagrante, orientados por seus advogados, eles acabaram por confessar suas participações no crime bárbaro, fornecendo minúcias da ação e deixando, contudo, de delatar as identificações dos outros quatro comparsas que fugiram. Mas, não obstante a isto, a Polícia Civil, junto à PM, vem trocando informações com São Sebastião do Paraíso, na intensão de chegar, e chegaremos às identificações dos demais, pois é questão de honra, haja vista que uma vida foi perdida. Não deixamos de dar a devida atenção a nenhum crime, mas quando se há a perda de vidas, nos debruçamos ainda com mais afinco", declarou major Afrânio.
Das fotos que circularam em redes sociais desde o acontecido, a polícia informa que quatro dos seis apontados não estão envolvidos, pelo menos por enquanto: "Houve este equívoco, pois até então, os policiais civis e militares têm informação, neste crime de Guaranésia, apenas do Fabiano e do Ricardo. Os outros que apareceram em fotos são de Guaxupé, são pessoas voltadas à prática de crime, mas a princípio não têm envolvimento. Pode ser que, diante das investigações, pode-se chegar à participação deles, mas até então estes quatro elementos que tiveram suas imagens divulgadas nas redes sociais não têm participação neste crime de Guaranésia", informou dr. Marcus.
A respeito do tiro que matou o refém José Rodrigues, as autoridades ainda não sabem se partiu memso de um dos bandidos ou da própria polícia: "Essa informação, somente após os trabalhos da perícia e do IML, após a extração do projétil. Sobre o exame de balística, apenas o prejétil não basta, mas sim a arma. E temos um revólver, calibre 38, recolhido, mas informações certasapenas após o laudo da perícia", disse dr. Marcus, que falou, ainda, sobre a caminhonete usada no crime, uma Volkswagen Amarok prata, que foi abandonada após o assalto: "A caminhonete é fruto de assalto praticado em Cajuru, recentemente, sendo que enviaremos informações à coirmã paulista para tentar apurar o roubo lá. Quem sabe estes dois indivíduos não estejam envolvidos também no roubo em Cajuru e, eventualmente, sejam reconhecidos e isto seria, então, mais um crime para eles responderem?", informou o major, que ainda não encontrou o Fiat Uno vermelho, tomado de um lavrador, na saída de Guaranésia.

Mais de trinta anos de cadeia...
Antes de encerrar a coletiva, as autoridades enfatizaram, sobre os criminosos capturados: "Eles estão sujeitos a serem enquadrados em vários crimes, como o latrocínio, cuja pena pode alcançar o período de trinta anos de cadeia. Há, ainda, o roubo do Uno, que eles usaram para fugir e pelo qual eles responderão. Junto a isto, há o fato de se tratar de uma quadrilha, que lhes aplicará, havendo uma condenação, penas pesadas, que podem ultrapassar os trinta anos de penalização, caso sejam condenados em todos".

Crime desorganizado
A polícia descarta, pelo menos por enquanto, a possibilidade do roubo ao SICOOB guaranesiano ter se tratado de uma ação do crime organizado: "Não, pelo contrário! Foi uma ação bem amadora, que nos chamou a atenção, embora eu possa afiançar que o genitor de um dos presos é membro de facção criminosa, conhecido de longa data, envolvido no tráfico, com familiares envolvidos em assaltos, donos de pefis violentos. Mas, até aí, não podemos ainda associar o crime de Guaranésia com as facções que agem de dentro dos presídios, principalmente em São Paulo. Acredito que esta ação tenha mais a ver com o sentido de levantar numerários para cobrir prejuízos tomados em razão da perda de substâncias entorpecentes. Sabemos que o Ricardo foi preso em Ribeirão Preto com quatro "tijolos" de maconha. Então, para toda droga que as pessoas envolvidas no tráfico perdem, há um "patrão" acima, que vem receber e cobrar. É a hora que estas pessoas, no desespero, partem para a prática de crimes contra o patrimônio para levantar os numerários e satisfazer a dívida contraída. O tráfico, em si, fomenta outros crimes, pois enquanto as polícias estão retirando grande quantidade de drogas de circulação, sabe-se que há uma dívida, que deve ser paga, senão é paga até com a vida", finalizaram os comandantes da PM e da PC locais. - VEJA, logo mais, informações atualizadas sobre este crime.

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