Autor: Carlos Alberto - Data: 30/06/2017 08:14

Vereadores Francis e Zettinho denunciam nova paralisação da ETE em Guaxupé

Políticos visitaram o canteiro de obras e surpreenderam-se com o que viram; assunto será remetido à Comissão de Obras da Câmara, a fim de iniciar um minucioso processo investigativo, em favor da população, que espera pela Usina desde 2013, quando a ordem de serviço foi assinada pelo governo municipal
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Os vereadores Francis Osmar da Silva e Donizetti Luciano dos Santos (Zettinho) apuraram, nesta tarde de quinta-feira, 29 de junho, uma denúncia de que as obras de construção da Estação de Tratamento de Esgoto, em andamento há quatro anos, haviam sido paralisadas novamente. No local (Bairro Tomateiros), a dupla de parlamentares constatou a veracidade dos fatos e revoltou-se, haja vista que as obras já deveriam ter sido concluídas. Mais do que isto, os políticos, que há alguns meses trabalham na questão, acionarão órgãos internos do Legislativo e até o Ministério Público.

Francis e Zettinho estiveram no canteiro de obras da ETE no início da tarde, onde encontraram o local vazio, com apenas seis funcionários ainda alojados, os quais também deixarão o local assim que forem feitos seus acertos contratuais. Apesar de não terem gravado entrevistas, por temerem represálias, os operários garantiram que há quase dois meses o trabalho está parado: “De vez em quando, faz uma coisinha ou outra. Mas, a obra mesmo, pode-se dizer que está paralisada há mais de um mês. Tanto, que parte dos ‘peões’ está em outra região”, disse o rapaz, em conversa informal com os vereadores.

No escritório executivo da empresa responsável pela construção da usina (a Artec, de Brasília), também não foi possível encontrar ninguém para prestar esclarecimentos, tendo os vereadores lamentado: “Nós recebemos uma denúncia de que não havia trabalhadores na obra e, conforme vocês podem ver, agora são 13h50, realmente a obra está parada mesmo! Na penúltima sessão da Câmara Municipal, pedi que fosse enviado ofício à Copasa para eles esclarecerem à população o quanto de dinheiro já foi arrecadado nestes anos em que estão cobrando a taxa de esgoto e onde foi empregado. Se a população paga, tem, no mínimo, o direito de saber onde está sendo empregado o seu dinheiro”, argumentou Zettinho.

Francis, que acionará a Comissão de Obras da Câmara Municipal, para o início do que parece ser um longo processo, informou: “Quero dizer à população de Guaxupé que a gente vem investigando. Já é a terceira vez que eu e meu colega de vereança, Zettinho, estamos nesta obra. O que deu para constatar, pela indignação da população de Guaxupé, que paga uma taxa de esgoto alta, é que a obra realmente está parada. Para você, povo de Guaxupé, nós estamos investigando em cima! Faremos uma denúncia à Comissão de Obras da Câmara, pois queremos uma resposta: onde está sendo gasto o dinheiro público? Queremos a conclusão da obra para gerar emprego e renda à população. Enfim, estamos em busca de respostas para vocês!”, garantiu Francis.

 

A ETE que termina nunca...

Cercado de polêmicas, o assunto “ETE” arrasta-se desde o ano de 2011, quando o governo municipal decidiu construir a usina, tendo a Câmara Municipal autorizado a celebração de contrato entre a Prefeitura e a Copasa, com vistas à execução das obras. Em 2012, o governo federal, via FUNASA, autorizou a liberação parcelada de recursos num total de R$ 14.589.850,08 para custear os serviços. Após certo período de conflitos documentais, os serviços enfim começaram no ano de 2013, com o Município tendo autorizado o início dos trabalhos. Entretanto, desde então, o desenrolar da Estação de Tratamento de Esgoto mostra-se sempre moroso, com paralisações frequentes, perda de prazos e até problemas com o quadro pessoal da empresa responsável pelo projeto (a Artec, de Brasília).

Ainda com relação ao assunto, pelo menos duas CPIs já foram conduzidas por vereadores de mandatos anteriores, tendo os relatórios sido enviados ao Ministério Público, onde outros procedimentos tramitam com relação ao mesmo assunto. Paralelamente a isto, a população de Guaxupé continua pagando uma taxa de 50% sobre o total de sua conta d’água, cujos recursos seriam justamente para serviços feitos pela Copasa (coleta e transporte dos dejetos), que antes eram prestados gratuitamente pela Prefeitura. 

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