Autor: Carlos Alberto - Data: 17/10/2017 14:52

Jorginho afirma que só Jarbinhas poderá quebrar o contrato com a Copasa pela população de Guaxupé

Parlamentar lembra postura anterior do atual chefe do Executivo, que antes de assumiu a Prefeitura dizia-se contra a taxa de esgoto e o contrato firmado por seu antecessor, junto à Copasa
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O vereador Jorge Batista Bento da Paz (Jorginho) fez um apelo ao prefeito de Guaxupé, Jarbas Corrêa Filho (Jarbinhas), para que ele cancele o contrato firmado entre a Prefeitura e a Copasa, o qual resultou na aplicação da taxa de esgoto, de 50% sobre o valor da conta d’água da população. Ciente de que o Executivo é o único responsável por reparar um equívoco ocorrido na gestão do ex-prefeito, Roberto Luciano Vieira, o parlamentar municipal advertiu à municipalidade de que é preciso agir com consciência, em favor da população, que pagará, em breve, 100% de tarifa mensal até o ano de 2042.

Jorginho mostrou-se perplexo após a reunião do último dia 29, na Câmara, com representantes da Copasa, os quais admitiram não ter condições de cravar uma data para o término da construção da ETE, que já deveria ter ficado pronta em 2015, conforme contrato feito com a Prefeitura, em 2011. Na ocasião, o próprio superintendente regional da Companhia, Flábio Bócoli, atribuiu à Prefeitura a responsabilidade pela nova paralisação dos serviços da Usina, que ficará no Bairro Tomateiros. “Cobra-se muito por esta Estação de Tratamento de Esgoto e a Copasa deixou bem claro que a Prefeitura é a responsável pela obra, que está até parada, e não eles!”, enfatizou Jorginho.

Taxativo, o vereador sugeriu: “A Copasa confirmou que, após concluída a obra da ETE, a taxa de esgoto será de 90% sobre a conta d’água. Eu acho isso um absurdo! Há tempo ainda do Município rever este contrato! Minha sugestão é que, já que está enrolado na Justiça e tem cláusulas que não estão sendo cumpridas, o Município pode fazer esta rescisão unilateral deste contrato. E, depois, senta-se novamente com a Copasa para ela tocar só a parte de água e o Município administrar o esgoto para a população não ter que pagar esta taxa, pois o contrato (com a Copasa) vai até 2042. Como a população de Guaxupé pagará 90% de taxa de esgoto até 2042? Isto é muito absurdo!”, disparou Jorginho.

Experiente na vida pública, Jorginho lembrou a postura anterior do prefeito Jarbinhas, que antes de assumir a Prefeitura defendia a queda da taxa e a revisão contratual com a Copasa: “Eu cobrei aqui também porque, na primeira eleição do Jarbinhas, ele deixou bem claro, em horário eleitoral e nos debates, que era contra a taxa de esgoto, contra essa lei que havia sido aprovada na Câmara e, agora, a gente vê que ele tem o poder e poderia ter se manifestado tanto nestas ações que questionam a legalidade da votação (na Câmara), quanto agora, enquanto prefeito, fazendo a rescisão do contrato e não faz! Então, é algo que afetará a vida de todo mundo pelas próximas décadas. A Copasa esteve aqui, são servidores da empresa e devem defendê-la mesmo. Mas nós somos defensores da população e temos que ver o lado da população de Guaxupé. Contudo, o poder maior está nas mãos do prefeito, a quem fazemos este apelo e esperamos que ele tenha a consciência, sente-se com sua equipe jurídica e reverta esta situação”, finalizou Jorginho.

Conforme o Jornal JOGO SÉRIO acompanha desde o início, já é antiga a polêmica da taxa de esgoto e do contrato feito entre Prefeitura e Copasa, nos anos de 2010 e 2011. Ainda na gestão do ex-prefeito Abrão Calil Filho (Abrãozinho, de 2001 a 04), o Ministério Público pressionava o Município por uma renovação, haja vista que os serviços de administração da água em Guaxupé estavam sendo realizados informalmente. Porém, o desfecho somente ocorreu no mandato posterior, quando R. Luciano obteve a autorização da Câmara Municipal, então presidida por Durvalino Gôngora de Jesus (Nico), tendo sido firmado um novo contrato, onde a Copasa passou a cobrar 50% pelo transporte dos dejetos, antes feito gratuitamente pela Prefeitura.

Além de onerar a população com a nova taxa, o Município envolveu-se numa de suas maiores polêmicas, quando recebeu parte de um recurso, de R$ 15 milhões, vindo do governo federal, via Funasa, para construir a Estação de Tratamento de Esgoto. O problema é que a usina deveria ter ficado pronta há dois anos, conforme contrato, o que não ocorreu. Mais do que isto, os serviços continuam “arrastando-se”, com uma série de paralisações e a concretização do projeto cada dia mais distante. Agora, com a intervenção da atual legislatura, há indícios de que a questão tenha novos episódios, embora até mesmo dentro da Câmara há quem desacredite que a Prefeitura se manifestará pela quebra do contrato com a Copasa.

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