Autor: Carlos Alberto - Data: 12/01/2018 18:16

Deputado Arantes visita fazenda invadida pelo MST

Denúncias deixaram parlamentar indignado
Facebook Twitter LinkedIn Google+ Addthis Deputado Arantes visita fazenda invadida pelo MST

Direito de propriedade, para o deputado estadual Antonio Carlos Arantes (PSDB), é sagrado. Esse foi o motivo da visita do parlamentar à Fazenda Ariadnópolis, no município de Campo do Meio, que foi invadida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Sensibilizado com a difícil e complicada situação vivida pelos produtores rurais Jovane Rezende e Rozi Meire Gonçalves, que tiveram suas terras invadidas há três anos, o parlamentar esteve no município, nesta quarta-feira (10/01/18), para averiguar as denúncias feitas pelo casal e outros proprietários de terra contra o MST.

            A fazenda Ariadnópolis tem mais de 3.800 hectares, é uma área produtiva e está invadida há três anos pelo MST. Durante a gestão do governador Antonio Anastasia (PSDB), os proprietários conseguiram a reintegração de posse sem problemas. “Nesse período, tivemos condições de plantar, produzir, gerar renda e lucro. Mas depois vieram outras lideranças novas com essa ideologia que eles pregam, enganando famílias de produtores rurais com o sonho de um pedaço de terra e tudo se complicou novamente. Desde então, estamos amargando com prejuízos incalculáveis”, explicou Jovane.

            Ele contou que, foi a partir do início da gestão do governador do PT, Fernando Pimentel, que houve essa invasão extremamente violenta, agressiva e desrespeitosa. A família sofreu muitas perdas e está completamente traumatizada. Além disso, segundo Jovane, durante a invasão, foram levados documentos e bens materiais que contavam a história da fazenda.

 

 

DENÚNCIAS DEIXARAM PARLAMENTAR INDIGNADO

             O deputado Arantes fez questão de vistoriar outras propriedades em Campo do Meio, que também foram invadidas. Durante as visitas, o parlamentar estava acompanhado apenas de dois assessores, dos proprietários Jovane e Rozi Meire e seus filhos, sem segurança institucional, em um ambiente extremamente hostil e arriscado. Isso porque vieram à tona, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, graves denúncias contra as lideranças do MST. Ex-integrantes do movimento denunciaram a ocorrência de agressões, ameaças de morte, fraudes na distribuição das terras, apropriação indébita de bens doados para os assentados que nunca chegaram às mãos de seus reais destinatários no assentamento dentro da Fazenda Ariadnópolis.

            Mas a situação de alto risco não impediu que o deputado Arantes fizesse as vistorias e ouvisse os produtores rurais que estão à mercê dessa situação absurda e inaceitável comandada pelo MST e apoiada pelo Governo do Estado. O deputado ficou indignado ao ver pessoas andando nas estradas em carros de luxo, fazendo dos assentamentos casas de campo para passar temporadas. “Esse cenário é a prova de que a realidade é bem diferente e é muito pior do que o discurso e as promessas do MST, que prega a invasão de terras improdutivas com o objetivo de fazer a reforma agrária e promover a igualdade social. Só que não foi isso o que vimos aqui, eles invadiram terras produtivas”, criticou Arantes.

            E as denúncias não pararam por aí. Durante as vistorias, o deputado Arantes, que é presidente da Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa, verificou que mais de 90% das áreas invadidas estão sem produzir, com as famílias de assentados ociosas. Muitas chegaram a arrendar suas terras. A exceção a isso tudo ficou a cargo do líder do MST, Sílvio Neto, que praticamente se tornou um fazendeiro dentro do assentamento, com mais de 200 cabeças de gado e muitos privilégios, segundo informações de integrantes do próprio MST.

            “Todas essas famílias estão enfrentando sérios problemas e sofrendo muito com as invasões comandadas pelo MST. Esse é um movimento que não respeita um dos direitos mais sagrados do homem, que é o direito à propriedade, fruto de muito suor e trabalho para ser conquistada. A situação que vimos evidencia que o objetivo do MST não é trabalhar e produzir. Pelo contrário, o que presenciamos nesta visita foi o desrespeito ao direito de propriedade, o desperdício dos recursos disponíveis da terra invadida e o privilégio de apadrinhados políticos desse Governo do Estado”, considerou Arantes.

            Segundo a advogada da família da Fazenda Ariadnópolis, Cláudia Cristina Pereira Moreira, os problemas com o MST não começaram agora. “O movimento maior de pessoas ocorre quando elas são recrutadas em época de convenções. Houve a invasão, mas não tem ninguém produzindo. Por isso, o apoio do deputado é fundamental. Queremos mostrar a verdade, mostrar para a Assembleia Legislativa o que realmente acontece aqui, para que os outros deputados também possam nos ajudar a resolver esse emaranhado político que está ocorrendo nessas terras. Contamos com o deputado Antonio Carlos nessa luta pelo direito à propriedade”, ressaltou a advogada dos proprietários da fazenda.

                       

 

MST É MOVIMENTO SATÂNICO

              Foi essa a definição do ex-integrante do movimento, Eduardo Batista, usou ao falar da sua experiência junto aos assentados de Campo do Meio. Ele e outros ex-integrantes do MST conversaram com o deputado Arantes após as visitas às terras invadidas. Todos afirmaram que o discurso do MST é mentiroso. “Quando as famílias vão para os terrenos trabalhar, levam consigo o sonho da conquista da terra e não são amparadas por um projeto que atenda às suas necessidades. O MST vende um sonho para as pessoas, que chegam a vender suas casas, carros e outros bens para irem para o campo com a esperança de ter um pedaço de terra. Quando chegam lá, elas percebem que foram enganadas. De vendedor de sonhos, o MST se transformou em um movimento satânico”, disse Eduardo.

            O deputado também foi à sede da Prefeitura de Campo do Meio, onde foi recebido pelo prefeito Robson Machado de Sá, o vereador Binho e representantes das fazendas invadidas. Na reunião, foram discutidos os prejuízos financeiros para o município devido às invasões, já que as terras não estão produzindo, o que faz com que a arrecadação diminua. O prefeito pediu a ajuda de Arantes para que Campo do Meio volte a arrecadar e se desenvolver.

            O vereador Binho fez questão de levar o deputado ao bairro onde mora e solicitar o seu apoio para duas demandas importantes. A primeira seria para evitar que as águas da chuva façam o rio transbordar e invadam as casas. A outra seria a ligação de energia elétrica por parte da Cemig em casas que já estão construídas e com gente morando. “Temos muitas famílias sem energia elétrica e isso não pode continuar. Contamos com o apoio do deputado Arantes para melhorar essa situação”, afirmou o vereador Binho.

            O deputado ficou indignado com o paradoxo visto em Campo do Meio. “A Cemig instalou energia elétrica no assentamento das terras invadidas que está praticamente vazio, sem produzir nada. E o mais absurdo é ver famílias morando na cidade, pagando caro e sem energia até hoje. A Cemig perde a credibilidade. Assim como a Copasa, que esteve nos assentamentos e furou poços artesianos numa rapidez impressionante. Em compensação, temos municípios em Minas sem água por incompetência da Copasa. As duas empresas atuaram de forma ilegal, obedecendo ordens do governador e privilegiando seus apadrinhados. Isso é o que dá fazer política em benefício próprio com empresas públicas. Cemig e Copasa viraram piada de mau gosto”, criticou Arantes.

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