Autor: Carlos Alberto - Data: 30/08/2018 13:58

Ex-secretário acha que "CPI do Esgoto" deve investigar a atual Administração

Paulo Stempniewsk: "O povo não quer saber sobre contrato que foi assinado no passado. A população precisa saber onde foram investidos os recursos; se houve autorização do Tribunal de Contas para liberar a Ordem de Serviços; e outras perguntas que os vereadores precisam investigar"
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O ex-secretário municipal de Finanças de Guaxupé, Paulo Eduardo Stempiniewsk, prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a concessão da rede esgotal, feita pela Prefeitura, em 2012, à Copasa. Criada para investigar um suposto desvio de R$ 2 milhões e eventuais irregularidades na transação entre o Município e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais, a CPI já ouviu outros representantes do mandato do então prefeito, Roberto Luciano Vieira. Porém, até agora nada ficou provado sobre qualquer anormalidade, sendo que os depoentes, cada qual a seu tempo, sinalizam de que se houve alguma ilicitude, ela foi cometida pela atual Administração Pública, haja vista que a Ordem de Serviços para construção da Estação de Tratamento de Estogo, conforme frisou o depoente de hoje, foi feita pelo atual prefeito, Jarbas Corrêa Filho (Jarbinhas). e não pelo anterior.
Paulo Eduardo foi ouvido pelo trio de vereadores que conduz as diligências: Francisco Timóteo de Rezende (Chico, presidente), Leonardo Donizetti de Moraes (Léo, membro) e Paulo César Beltrão (membro). Em suas declarações, o entrevistado garantiu não ter havido nada de errado nas tratativas entre o ex-prefeito Roberto e a Copasa: "Na verdade, o Roberto foi pressionado pelo Ministério Público, de que era preciso solucionar a situação, uma vez que o contrato para administração da água em Guaxupé estava vencido há anos e assim não poderia ficar. O Roberto e nossa equipe até propusemos uma autarquia, mas a maioria da Câmara votou contra. Inclusive, o atual prefeito liderou uma pressão danada e o Roberto errou, pois deveria tê-lo enfrentado naquela época. No final, ele foi obrigado a renovar com a Copasa", informou Paulo.
Indagado sobre as declarações de seus ex-colegas de trabalho, Mozart Faria e José Marcos Oliveira, os quais declararam, respectivamente, que "alguém levou R$ 2 milhões por fora" na venda da rede de esgoto para a Copasa, feita por R$ 8.200.000,00; e que o então consultor jurídico da Prefeitura, dr. Adilson Aparecido, da Amadeu"s, de Belo Horizonte, teria "feito lavagem cerebral na cabeça do prefeito para vender a tubulação, senão não fechariam as contas no último ano de mandato", são inverídicas. "O Mozart é muito brincalhão e o Zé Marcos não sabe o que falou. Aliás, falar até papagaio aprende! Primeiro, que todas as contas do "Governo R. Luciano" foram aprovadas sem ressalva, fato inédito na história do Município. Depois, porque não havia dívidas na Prefeitura, pois eu era o secretário de Finanças e não houve um só dia que tive problema com contas. Na verdade, deixamos quase R$ 15 milhões aos nossos sucessores", afirmou Paulo, que elogiou ao dr. Adilson: "Ele queria a melhor negociação para o Município, pois com a coisa pública é preciso ter ainda mais zelo", complementou Paulo.
Ainda a respeito de eventuais irregularidades cometidas pela gestão de Roberto Luciano, o ex-secretário foi taxativo: "Vocês, vereadores, como representantes do povo, precisam apurar o que é necessário! O povo não quer saber de que jeito foi assinado o contrato, em 2012, pois ele foi idôneo, é um modelo nacional, usado pela Copasa. Mas, o povo quer saber, sim, por que o atual prefeito assinou a Ordem de Serviços, já em 2013, sendo que o Tribunal de Contas havia advertido de que não era para ser assinado?! Vocês precisam investigar para onde foram os quase R$ 10 milhões já pagos à Artec, que é responsável por construir a Estação de Tratamento de Esgoto, que está parada há meses, sem que o serviço teha sido feito! A população está insatisfeita porque paga tarifa de esgoto e não tem o benefício, o que está parecendo uma grande enganação! Então, me coloco à disposição desta CPI e de quem quer que seja, mas que seja apurado o que se precisa, de fato!", finalizou Paulo, que alegou não ter sido notificado pessoalmente de que deveria prestar depoimento à Câmara hoje: "Ninguém me levou nenhum comunicado e eu cheguei de Belo Horizonte às 2h30 hoje! Minha irmã me informou, por telefone, que vocês me procuravam e eu vim, mas não fui notificado mesmo", concluiu Paulo.

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