Autor: Carlos Alberto - Data: 28/11/2018 16:54

Câmara adia autorização à Prefeitura, que pedirá R$ 15 milhões na CAIXA para investir em mobilidade e pagar durante vinte anos

Os vereadores Léo Moraes, que é líder do prefeito na Câmara, e Jorginho Bento, da bancada oposicionista, divergiram sobre a importância do pedido de empréstimo
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Vereadores adiaram a votação do projeto enviado pela Prefeitura, com o pedido de autorização para contratar empréstimo de R$ 15 milhões junto à Caixa Econômica Federal, e investir no Plano de Mobilidade Urbana. Muito discutida em plenário, durante a sessão desta segunda-feira, 26 de novembro, a matéria estava já em segunda votação, mas a solicitação de vistas partiu do próprio líder do prefeito Jarbinhas na Câmara, Leonardo Donizetti de Moraes, o qual percebeu que a iniciativa poderia não ser aprovada, haja vista a ausência do vereador Wilson Ruiz de Oliveira (Tomate), que está adoentado e sinalizaria, segundo consta, favorável à bancada situacionista. Léo Moraes, que num primeiro momento discursou pela aprovação da matéria, pouco depois pediu vistas, o que gerou o descontentamento de João Fernando de Souza, que acusou o colega de ter faltado com respeito aos demais legisladores.

O projeto, aprovado em primeira votação na última sessão, foi endossado por Léo, o primeiro a discursar a validação da iniciativa: “Eu, o Jorge, a Luzia, Timóteo, Beltrão e dra. Salma estávamos presentes à reunião com os secretários para explanar sobre este projeto. O fato de votarmos hoje não quer dizer que já autorizaremos o empréstimo, pois me parece que passa, depois, pela União. E precisamos votar para Guaxupé tentar ser contemplada com este empréstimo, que terá juro insignificativo, para adequarmos a cidade conforme o plano de mobilidade urbana”, disse Léo Moraes.

Também Luzia Angelini Silva e Salma Regina Gallate defenderam a aprovação da matéria: “Nós, da Comissão de Justiça e Orçamento, nos reunimos com o secretariado municipal, de Finanças e Obras, tendo vários vereadores participado, e eu me senti muito tranquila, pois a preocupação era a parte do endividamento do Município, mas fui informada que, se der tudo certo, haverá dedicação para implantar as melhorias que nossa cidade terá. Para que o Município consiga realizar este projeto, precisamos do financiamento. Quanto ao endividamento, a secretária Elaine nos deixou tranquilos para votar, haja vista que o benefício será muito grande à população”, disse ela. “Pelo que entendi, a Secretaria do Tesouro Nacional é quem dará ou não o aval. Nós, hoje, só estamos autorizando o pedido do empréstimo”, completou dra. Salma.

Porém, o oposicionista Jorge Batista Bento da Paz discursou contra, tendo seus argumentos supostamente gerado a mudança de atitude de Léo: “Nesta crise, neste contexto em que vive Minas Gerais, você pedir um empréstimo de R$ 15 milhões ao governo federal, para pagar em vinte anos, conforme foi dito em audiência com os vereadores, na Prefeitura, para as cinco próximas gerações pagarem a conta? Acho que não é o momento e pergunto o seguinte: Onde fica a credibilidade do Município perante o governo federal, os ministérios, os parlamentares, para ir lá e conquistar verbas? Para a mobilidade urbana, tem que se usar da influência política com os deputados, lá em Brasília, para conquistar estes recursos ao Município! É igual a questão do Taboão, a questão da UPA, que está sendo viabilizada e, enfim, é com força política que se consegue isto e não jogando nas costas da população mais esta. Gostaria que os vereadores pensassem muito bem, mas coloquem a mão na consciência”, afirmou Jorginho.

 

“Estrategicamente...”

Léo Moraes, após ter consultado colegas nos bastidores, solicitou o adiamento da votação, sob a alegação de que a ausência do vereador Tomate prejudicaria a evolução da matéria: “Devido à falta do colega Wilson, gostaria de pedir vistas ao projeto para votar na próxima sessão. Isto, porque mesmo após todas as explicações dos secretários aos vereadores, que na Prefeitura estiveram, sei que precisamos não só da maioria simples nesta votação. Por isto, gostaria de pedir vistas”, solicitou o líder do prefeito.

João Fernando de Souza, após ouvir o pedido de Léo Moraes, criticou: “O vereador veio me perguntar qual seria meu voto. Então, estrategicamente ele mudou agora, pedindo vistas do projeto. Só pode ser isto! A primeira fala do líder do prefeito deveria tentar justificar o que vários vereadores pediram: ‘Apresente onde será investido este empréstimo!’. E isto chama-se falta de respeito com a Casa! Ele veio me perguntar e mudou o contexto agora, pedindo vistas do projeto”, indignou-se João. Ao final, o projeto foi adiado por unanimidade, tendo Léo esbravejado com o colega, fora dos microfones.

 

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