Autor: Carlos Alberto - Data: 23/04/2019 11:17

Tenente da PM de Guaxupé discursa na Câmara sobre a violência doméstica no Município

Pirrony, que é subcomandante da Polícia Militar de Guaxupé, enfatizou o compromisso da instituição para com o bem-estar social
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O tenente da 79ª Cia. PM/MG, Pirrony Luiz da Costa Pereira, fez um pronunciamento nesta segunda-feira, 22 de abril, na tribuna da Câmara Municipal de Guaxupé, sobre violência doméstica, com ênfase aos crimes praticados contra mulheres no Município. Convidado pelo vereador João Fernando de Souza, o subcomandante da Polícia Militar local detalhou números e prestou contas a respeito da atuação da corporação, que trabalha no sentido de prevenir delitos. Profundo conhecedor das mazelas sofridas por mulheres de diferentes idades e classes sociais, o profissional sugeriu uma espécie de rede de proteção e destacou a importância da união dos órgãos, no sentido de proteger, de fato, o público-alvo em questão.

Pirrony comunicou dados estatísticos gerados com as ocorrências de violência doméstica em 2018, quando a PM atendeu duzentas e quarenta mulheres, das quais 33,8% foram vítimas de crimes praticados pelos próprios cônjuges, enquanto 30% por ex-companheiros. O restante, segundo o militar, teve autoria por parte dos próprios filhos, enteados ou demais familiares das solicitantes. Ainda quanto às informações, 45% das vítimas, geralmente, têm entre de 30 a 59 anos, mas 55% delas estão na faixa etária de 15 a 29 anos. “A menina, ainda com 15 anos, já começa a namorar ou, às vezes, com 15, 16 e 17 anos já contraiu até um matrimônio, quando ocorre a fase de maior incidência de violência”, disse o expositor, que chamou a atenção para a falta de estruturas social, psicológica e outras, que acarretam problemas aos relacionamentos imaturos.

Ciente da responsabilidade da PM na busca pela ordem social, tenente Pirrony esclareceu as linhas de atuação, nos casos de violência doméstica: “Embora os crimes de violência doméstica pareçam ‘coisas privadas’, como se fossem ‘brigas de marido e mulher, onde ninguém mete a colher’, para nós, da PM, isto não existe! Monitoramos todos os casos, desde uma simples ameaça até uma via de fato, para que não cheguemos a registrar um eventual homicídio. Acima disto, para garantir a segurança da mulher no ambiente de ser lar! Nossos policiais são capacitados para atender da melhor forma, já que nestes casos, em boa parte das vezes, as mulheres são vítimas de seus próprios companheiros”, comentou o militar.

 

As fases da violência doméstica:

Mais detalhadamente, Pirrony explicou que há três fases, a começar pelas críticas do marido aos hábitos da mulher, dentro de casa. A partir daí, segundo ele, desencadeiam-se insultos mútuos, com agressões verbais. O problema é que, também na maioria das vezes, as vítimas toleram mais do que deveriam, sendo que ocorre o chamado episódio de violência, com o algoz percebendo sua superioridade e a situação sem as devidas providências, haja vista a série de motivos que eventualmente impedem a denúncia. “Elas pensam sobre as consequências da separação, há ainda a dependência financeira, o lado emocional, os filhos, o medo de perder a própria vida e, aí, tentam reconstruir o relacionamento, sob as promessas de que ‘ele vai parar de beber, está estressado por conta do trabalho e tal...’. Mas, dali há alguns meses, os problemas retornam e o fim deste ciclo é o feminicídio. Então, se a mulher fica com dó, acaba-se consumando o crime”, alertou o tenente.

 

Proteção eficaz para elas já!!!

Na opinião do militar, há algumas sugestões que podem melhorar esta situação do desamparo à mulher: “A criação de um abrigo às mulheres e seus dependentes, um programa de qualificação profissional, apoiando-as em sua recolocação de trabalho para que, assim, elas acabem de vez com a dependência econômica dos maridos. Outra sugestão é a assistência médica e psicológica à mulher em situação de violência doméstica. Enfim, toda ocorrência que envolve a mulher é tratada de forma especial pela PM! Não importa o que seja, pois nossa função é prevenir o crime e, então, nos colocamos à disposição de todos, agradecemos ao espaço dado pela Câmara e, juntos, vamos procurando saídas para estes tipos de crime em Guaxupé”, acrescentou.

 

Trabalho intenso pela paz:

Pouco antes de adentrar no tema ao qual foi convidado, tenente Pirrony (que esteve acompanhado pelo subtenente Robson) prestou também contas sobre a atuação geral da PM no Município. Com dados que comprovam a queda na criminalidade, a partir de 2012, com ênfase a 2016 até janeiro deste ano, o militar comemorou o estado de calmaria: “Temos realizado um trabalho conjunto com outros órgãos, como o próprio GGIM, que inclui a Polícia Civil, Judiciário, Ministério Público, Prefeitura e Câmara, entre outros, por meio do qual conseguimos baixar os índices. A PM, sozinha, e nenhum outro órgão, consegue êxito sozinho! Aliás, nunca vi o que acontece em Guaxupé, onde todos os órgãos participam e se imbuem nas causas. Por isto, agradeço ao apoio e reforço nosso compromisso para com o bem-estar social”, concluiu Pirrony, que representou, na ocasião, ao major Afrânio Tadeu Garcia, que encontra-se em Belo Horizonte, onde realiza curso para promoção a coronel da Polícia Militar de Minas Gerais.

CLIQUE AQUI e assista ao pronunciamento do tenente Pirrony na Câmara!!!

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