Autor: Carlos Alberto - Data: 05/06/2019 10:18

Cidadãos tecem críticas e reivindicam melhorias em diversas áreas durante sessão da "Câmara Itinerante"

A dona de casa Andrea Gonçalves apresenta problemas com a área da Saúde em Guaxupé. Sessão especial foi feita para dar voz e vez a cidadãos
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Moradores de bairros próximos ao Centro Integrado de Educação Professor Elias José, em Guaxupé, fizeram reivindicações de diferentes ordens a vereadores da cidade, nesta noite de terça-feira, 4 de junho, durante a sessão “Câmara Itinerante”, promovida pelo Legislativo local, no auditório daquele complexo, com o propósito de dar voz e vez à população. Apesar de ter sido realizada numa das mais populosas áreas do Município, a reunião contou com baixíssima adesão. Porém, os participantes representaram uma grande parcela da comunidade, haja vista os conteúdos dos temas elencados. Francos, manifestantes teceram severas críticas ao poder público, dando a entender que o Executivo deixa a desejar e o Parlamento municipal frustra as expectativas de seus eleitores.

A reunião, que inicialmente contou com a presença de dez dos treze vereadores (Ari Cardoso e Luzia Angelini Silva encontravam-se enfermos, Wilson Ruiz de Oliveira - Tomate, estava trabalhando e Salma Regina Gallate chegou atrasada), foi aberta com uma apresentação pessoal de cada vereador, feita pelo Apoio Legislativo, (os setores de comunicação social e jurídico da Câmara também organizaram o evento). Depois, o tenente Esdras José da Silva, da 79ª Cia. PM/MG, fez um pronunciamento. Em suas palavras, ele destacou a rotina dos trabalhos da corporação, tendo utilizado recursos tecnológicos para estampar gráficos com quedas nos índices de criminalidade em Guaxupé: “Em 2016, tínhamos uma média de 3 a 4 roubos/dia, dos quais praticamente todos eram cometidos por menores. Desde que as autoridades uniram-se e providências conjuntas foram tomadas, estas estatísticas caíram”, evidenciou o expositor, que confirmou, ainda, que de 2011 para o 1º trimestre deste ano houve queda de 85% dos crimes violentos. “É resultado de atuações integradas, apoio da comunidade e operações preventivas”, completou tenente Esdras.

 

Com a palavra, o povo!!!

Após a segurança pública, a sessão itinerante, que foi conduzida pelo presidente Leonardo Donizetti de Moraes, abriu espaço aos cidadãos, que na tribuna teceram várias críticas aos serviços públicos. A idosa Sebastiana Pereira de Oliveira, por exemplo, destacou a falta de medicamentos e acessórios usados por diabéticos na Farmácia Municipal, o que, segundo ela, parece não ter solução; a aposentada Tereza Rita, usuária do transporte coletivo urbano, reclamou muito das condições e o tratamento oferecido pela Tuga, detentora da concessão para o referido serviço; a dona de casa Andrea Gonçalves cobrou melhorias ao PSF, cobrou melhor otimização dos procedimentos e chamou a atenção para a falta de incentivo à cultura nas periferias; o engenheiro civil Gustavo Vinícius denunciou (ele já o fez nas redes sociais) as más condições do Ginásio Poliesportivo, com obras paralisadas e uma série de esportistas desamparados; o administrador Wagner Santos estampou a revolta por conta dos problemas da estrada que leva ao Bairro Tomateiros, tendo reprovado o trato com o alto escalão da Prefeitura; o skatista Nelson da Silva Júnior, que esteve acompanhado por um grupo de colegas, reforçou sobre o Poliesportivo e a necessidade de apoio à categoria; a cidadã Sílvia Aparecida Custódio da Silva chamou  atenção para a falta de atenção a bairros compreendidos entre a Santa Cruz e o Residencial Monte Verde (ela cobrou, ainda neste sentido, cursos para jovens e adultos, antes existentes no CIEG e no Caic); e o servidor público Sérgio Custódio também externou seu descontentamento para com a Saúde Pública local, uma vez que, segundo ele, está sendo necessário tratar a doença de sua esposa no Estado de São Paulo, dada à dificuldade encontrada em Guaxupé.

 

Baixa produtividade?

Ainda sobre o teor das reivindicações populares, os cidadãos que usaram a Tribuna deixaram claro o descontentamento com o resultado dos trabalhos apresentados pelos próprios vereadores eleitos por eles: “Eu estou muito chateado com as promessas feitas pelo prefeito, mas também não estou contente com o vereador que eu votei, pois ele está nesta sala hoje e sabe dos problemas do Bairro Tomateiros há um bom tempo”, disse Wagner Santos, cujas palavras tinham sido proferidas por ele mesmo durante seu discurso. “Se eles querem ser reeleitos, que comecem a cuidar do povo que mora nestes bairros aqui perto do Cieg, ó! É aqui que eles vêm na hora de pedir votos!”, alertou Sílvia Custódio. “É preciso que ocorra mais vezes esta ‘Câmara Itinerante’, pois a gente tem a oportunidade de cobrar de quem a gente votou, já que na época de campanha os políticos prometem o que podem e o que não podem”, complementou Sérgio Custódio, evidentemente chateado.

 

Temas elencados, requerimento ao Executivo...

Após ouvir aos cidadãos, vereadores responderam aos temas propostos pelos populares, tendo deixado claro que pactuam com as reivindicações e têm sim trabalhado bastante em favor da população, mas justificaram que suas atuações são limitadas. Mais do que isto, os parlamentares enfatizaram a importância da proximidade com o povo, por meio de sessões como a desta terça-feira, no CIEG, e prometeram manter suas atuações, junto ao Poder Executivo, para atender a população: “O vereador-secretário, Zettinho, registrou todas as reivindicações, as quais foram aprovadas em plenário por unanimidade e um requerimento será enviado ao Executivo. Para mim, esta ‘Câmara Itinerante’ foi muito bem sucedida, pois apesar da pouca adesão das pessoas, tudo tem um começo e, aos poucos, os cidadãos vão se acostumando, já que faremos várias, em locais diferentes”, concluiu o presidente Léo Moraes.

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