Autor: Carlos Alberto - Data: 30/09/2016 08:52

Como os aspectos psicológicos podem melhorar a minha dor de cabeça?

Alguns estudos, por exemplo, sugerem o estabelecimento de relações entre fatores de personalidade
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Descrições sobre dores de cabeça ou enxaqueca são encontradas na literatura desde os primórdios da escrita humana. Dentre as diferentes possibilidades de diagnósticos para relatos de dor de cabeça, a cefaléia de tensão é apontada como um dos transtornos mais comuns. Sua dor é insuficientemente compreendida e, frequentemente, relacionada a fatores emocionais, daí a designação comum de cefaléia de estresse sendo, também, mais comum em mulheres. A faixa etária mais atingida costuma variar dos 20 aos 50 anos, piorando na quarta década e diminuindo com a idade. Relatos médicos alertam para o fato de que pacientes com dor crônica tendem a procurar ajuda profissional com mais frequência devido à percepção de incômodo persistente e suas consequências danosas às condições de enfrentamento do dia-a-dia.

Infelizmente a maioria dos pacientes com esse tipo de cefaléia não procura ajuda médica no período inicial do problema, sendo comum a automedicação com analgésicos indicados para outros tipos de dores de cabeça. Há, ainda, o risco do uso abusivo de medicamentos, conduzindo ao agravamento do problema, denominado “efeito rebote”, além da possibilidade do desenvolvimento de dependência farmacológica.

Pesquisas apontam relações significativas entre algumas desordens psiquiátricas e a etiologia da cefaléia de tensão. Alguns estudos, por exemplo, sugerem o estabelecimento de relações entre fatores de personalidade (como: rigidez, hostilidade, baixa autoestima e sentimentos de desamparo) e o uso de estratégias ineficazes para o enfrentamento de situações estressantes.

Sob a perspectiva da Psicologia da Saúde, percebesse que os modelos explicativos mais recentes começam a explorar uma suposta relação funcional entre o indivíduo e a doença. Estudos que investigam as relações entre transtornos de ansiedade e tensão motora (que pode, em alguns casos, contribuir para a cefaléia de tensão) permitem a compreensão do desenvolvimento de processos crônicos de dor. Daí a necessidade de procurar psicólogos ou Fisioterapeutas que podem atuar no manejo da dor, que possam mostrar aos pacientes, os caminhos para a compreensão dos mecanismos de dor e facilitar o li dar dos pacientes com a dor crônica. A busca por situações de controle emocional e mecanismos para dessensibilizar as vias que podem provocar as limitações dos pacientes, principalmente relacionadas aos hábitos de vida diária. Quando no início dos sinais e sintomas, procure avaliação fisioterapêutica especializada, ou um profissional psicólogo com especialização na área de terapia cognitivo comportamental ou dor crônica.

 

Prof. Ms. Luiz Henrique Gomes Santos

CREFITO4: 115915F

Doutorando em Fisioterapia - Lab. de Eletrotermofototerapia - UFSCAR
Coordenador do curso de Fisioterapia – UNIFEG

Diretor clínico do Instituto sulmineiro de cabeça e pescoço – ISCP

Delegado do CREFITO-4 na mesorregião de Guaxupé – MG

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