Autor: Waddy - Data: 11/10/2016 14:30

Fibromialgia, dor crônica de origem musculoesquelética ou emocional?

Felizmente, a falta de crença na fibromialgia tornou-se coisa do passado.
Facebook Twitter LinkedIn Google+ Addthis Fibromialgia, dor crônica de origem musculoesquelética ou emocional?

Embora seja uma das principais doenças observadas nos consultórios médicos reumatologistas, a fibromialgia ainda não recebe a merecida atenção da especialidade. Dr. Roberto Heymann médico da UNIFESP, relata que a falta de conhecimento profissional adequado e, por vezes, a simples falta de disposição em se aprofundar no assunto, têm gerado um excesso de diagnósticos errôneos de fibromialgia, frequentemente deixando despercebida a presença de outras doenças, prolongando o sofrimento destes pacientes e, em alguns casos, colocando suas vidas em risco. Felizmente, a falta de crença na fibromialgia tornou-se coisa do passado. O seu reconhecimento como doença proporcionou uma melhora considerável na compreensão dos mecanismos de geração e perpetuação da dor. O reconhecimento das vias excitatórias e inibitórias da dor, as ações e interações de diversos neurotransmissores, tais como a serotonina, substância P, glutamato, com seus respectivos receptores, possibilitaram uma melhor compreensão dos mecanismos de amplificação dolorosa, neuroplasticidade e sensibilização central e periférica, que explicam muitos dos seus sintomas. Apesar de ter sido considerada (ainda persiste) por muitos anos como doença de fundo emocional, sabemos que o processo doloroso em vias nervosas já neuroquimicamente sensibilizadas gera uma reatividade emocional, exacerbando a sensibilidade dolorosa e facilitando o aparecimento de distúrbios psicossociais secundários e desordens psiquiátricas coexistentes. Portanto, o estado emocional e psicológico é influenciado e influencia cronicamente o processamento neurofisiológico da dor e as atitudes comportamentais dos pacientes, acarretando-lhes prejuízo na qualidade de vida, interferindo em sua produtividade. Estes fatores contribuem para os altos custos e falhas no tratamento da fibromialgia. Estes fatores interferem na difícil questão trabalhista. Infelizmente, é crescente o número de pacientes com fibromialgia que, erroneamente, são diagnosticados como portadores de doenças ocupacionais por médicos despreparados e que são denominados “peritos”. Por vezes, os pacientes são afastados desnecessariamente de suas atividades profissionais, contribuindo para o elevado custo social da doença. Profissionais Fisioterapeutas especializados na dor crônica apresentam ferramentas claras de tratamento, baseando-se nos mecanismos de educação em dor que podem fazer com que os pacientes aprendam a tratar de seus sinais e sintomas. Procure sempre a ajuda de um profissional especializado e tenha melhores condições de tratar sua dor crônica, seja ela de origem reumatológica, musculoesquelética ou psicossocial.

Prof. Ms. Luiz Henrique Gomes Santos

CREFITO4: 115915F

Doutorando em Fisioterapia - Lab. de Eletrotermofototerapia - UFSCAR
Coordenador do curso de Fisioterapia – UNIFEG

Diretor clínico do Instituto sulmineiro de cabeça e pescoço – ISCP

Delegado do CREFITO-4 na mesorregião de Guaxupé – MG

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