Autor: Carlos Alberto - Data: 06/06/2016 09:42
No Dia Mundial do Leite, deputado Arantes fala sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor
O presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa, deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSDB), fez questão de prestigiar o evento em comemoração ao Dia Mundial do Leite promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (SILEMG), na Praça da Assembleia. O parlamentar parabenizou o diretor executivo do SILEMG, Celso Moreira, pela excelente iniciativa de comemorar uma data tão importante com a comunidade. “As pessoas usam a praça para a prática de exercícios e nada mais saudável do que tomar leite e comer seus derivados”, disse Arantes.
Embora o dia seja de comemoração e promoção do leite e seus benefícios para a saúde, o deputado lembrou a grave crise que os produtores estão enfrentando. “Recentemente, realizamos audiência pública em parceria com a Comissão de Agropecuária e Agroindústria na ALMG para ouvir os produtores e donos de laticínios. Os preços do leite em Minas Gerais voltaram a apresentar queda nos últimos meses. Essa queda complica ainda mais a situação dos pecuaristas. O produtor tem acumulado inúmeros prejuízos em função dos aumentos nos custos com ração, medicamentos, energia elétrica e combustíveis”, disse Antônio Carlos.
O deputado está preocupado com o preço médio líquido praticado no Estado em janeiro, de acordo com o Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (Cepea), foi de R$ 0,98 por litro, o que representa uma queda de 15% em relação a dezembro do ano passado. “A crise é séria e precisa de mais atitude do Governo. O governo federal, além de não ajudar, atrapalha. Ele deveria incentivar a exportação de leite e não autorizar a importação. Muitos produtores na região estão abandonando a atividade devido aos baixos preços praticados na negociação do leite e ao custo da produção. Os custos subiram e os preços pagos pelo leite caíram. A conta não fecha”, apontou o parlamentar.
Arantes também criticou a falta de políticas voltadas para a cadeia produtiva do leite por parte do Governo do Estado. “Minas é a maior bacia leiteira do País e os produtores estão abandonados à própria sorte. O governo precisa agir, e rápido, antes que seja tarde”, alertou Antônio Carlos. Segundo ele, o Estado deveria valorizar o produtor em função da grande contribuição que ele dá para a economia mineira e brasileira.
“Quem conhece os números entende o que estou dizendo. O Brasil está na quinta posição no ranking mundial de produção leiteira. Minas Gerais é a principal bacia leiteira do país, respondendo por 27,5% do total produzido no Brasil. A presença de 233 mil fazendas leiteiras e mais de 1.000 indústrias de laticínios garantem ao Estado a 12ª colocação no ranking mundial da produção leiteira. Os números dão orgulho a qualquer um, menos ao Estado”, criticou Antônio Carlos.
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