Autor: Carlos Alberto - Data: 30/05/2022 13:45
Projeto do Guaxupé Café Festival tem dezenove agentes culturais
Dos 38 projetos aprovados para o Guaxupé Café Festival 2022, o audiovisual Escuta pra Ver, do jornalista Silvio H Reis, conta com vinte agentes culturais, incluindo o autor. Trabalhos de edição e captação de imagens não foram incluídos.
Cada um dos 18 atores e atrizes guaxupeanos escolheu um ou dois microcontos, de até 300 caracteres, escritos pelo jornalista. São histórias fictícias criadas a partir de fatos históricos e homenagens para alguns moradores do Município.
O consagrado Amir Haddad, 84 anos, falou do Dr. Dolor e seu o paciente Fernando Pessoa. Marcos Frota contou sobre cavalos alados que voavam mais rápidos do que o teco-teco do Bié Baíse. Deu destaque ao cavalo marinho macho que pariu no Rio Guaxupé. Cada vídeo tem, em média, 1 minuto.
Apesar do pouco tempo para executar o projeto, cada participante teve liberdade de criação para gravar. Betânia Ferraz foi à Catedral para relembrar a coroação de Nossa Senhora, quando crianças se vestiam de anjo e voavam como ícaros, do tio Dédalo. Mariana Magno se sentou na escadaria da Igreja do Rosário, local escolhido para o casamento entre uma peixinha de água doce e um peixe do mar.
Para a proposta turística e gastronômica, João Pedro Mariano seguiu o bom-humor do microconto: “Eu te garfo, tu me garfas, nós te garfamos. Aqui na cidade, comida al dente já deixa os dentes escovados.”
Somente um vídeo reuniu dois atores. Flavinha Wasa e Rodolfo Bonifácio fizeram uma referência ao casal Cristina e Tijolo. A própria Cristina gostou e aprovou o texto. O Cuidado Comigo, de Joaquim Madeira, não citou o nome dos três músicos guaxupeanos que cantaram a música errada para a aniversariante. Teve vingança!
Pedro Stempniewski foi essencialmente teatral para falar da caixa de marimbondos de dois metros de altura na Vila Rica. “A intenção deles era substituir a abelha e se tornarem símbolo municipal. Investiram em uma plantação de tâmara, a fruta mais doce do que mel.”
O professor de teatro Willian Rodrigues preferiu um texto mais informativo que ficcional: “Na música Ponta de Areia, Milton Nascimento canta o pedaço de mar que a Bahia vendeu pra Minas, mas o negócio foi desfeito. (...) Guaxupé tem porto seco para transportar café.” Por falar em mar, o gato de Vitor Ribeiro ensinou peixe elétrico a fazer gato na rede elétrica do oceano.
O projeto Escuta pra Ver recebeu recursos do Edital n. 01/2022, de acordo com a Lei n. 1919 - FMCG, Fundo Municipal de cultura de Guaxupé. Um site foi criado para divulgar os 20 vídeos e os microcontos: sites.google.com/view/microcontosescutapraver
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