Autor: Aline - Data: 02/09/2025 12:26

Vereadora Rosy Cadeirante desabafa sobre falta de acessibilidade e cobra melhorias para deficientes de Guaxupé

A vereadora Rosilene Aparecida da Silva, que é popularmente conhecida como “Rosy Cadeirante”, fez um grave e comovente desabafo nesta noite de segunda-feira, 1º de setembro, durante a 29ª Sessão da Câmara Municipal de Guaxupé, no Sudoeste mineiro. Deficiente, ela locomove-se com o auxílio de sua cadeira de rodas motorizada, mas sofre todos os dias por causa da falta de acessibilidade ainda muito gritante no Município. Já cansada de tanto pedir, a legisladora aproveitou a oportunidade para, mais uma vez, solicitar emprenho à Prefeitura, que desde o início deste ano garantiu, mas ainda não cumpriu, condições adequadas para as pessoas com mobilidade reduzida. Ainda em seu pronunciamento, Rosy criticou o tratamento preconceituoso dispensado por muita gente, com relação às pessoas especiais da cidade.

Rosy manifestou-se durante a votação de um projeto apresentado por ela e outras colegas de mandato, a respeito da campanha “Setembro Verde”, de inclusão dos deficientes na comunidade: “Quando vi esse projeto, pensei: ‘Não estou sozinha mesmo!’. Hoje, agradeço a Deus por ter voz para falar da minha e da deficiência de tantos! Para atravessar a rua é uma dificuldade, subir a calçada e andar no trânsito também é! Tem pessoas que passam perto de um cadeirante e não gostam nem de encostar na gente, assim como há lojistas que, quando nos veem, se escondem, pois não têm rampa de cadeirante. Somos, para muitos, uma aberração e, então, não deixarei de denunciar a reação de pessoas, ao saberem que sou vereadora e se admiram, pois, para elas, o cadeirante é bobo, é surdo, é mudo! Tem gente que fala comigo como se eu fosse surda, cega, muda e digo mais: pessoas que ainda olham para mim e dizem: ‘Nossa, fiquei boba de saber que tinha vereadora cadeirante’”, aborreceu-se a vereadora.

Cinco meses, aproximadamente, após a audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Guaxupé com o objetivo de tratar os problemas de acessibilidade, pouco (ou nada) se avançou, segundo Rosy: “Peço para o setor de Obras, por favor: Olhe para nós e nossa dificuldade, pois até hoje não vejo nenhuma rampa! Não vi nada! Eu vejo rampa para os lados onde a Prefeitura trabalha, mas para o lado de minha casa não tem! Eu tenho que andar na rua! Moro no Monte Verde e, quando desço o morro, ando no meio da rua e, graças a Deus, ninguém ainda me encostou, mas quase fui atropelada por motoristas doidos, que tiram fina da cadeira de rodas”, denunciou a legisladora.

Ainda para o governo municipal, Rosy Cadeirante fez novo apelo, com vistas a todos os deficientes da cidade: “Quero pedir à Prefeitura e ao José Luiz (secretário de Obras): Por favor, ouçam a voz dos cadeirantes antes que sejamos atropelados! Quem nunca andou em cadeira de rodas, convido a pegar a minha e tentar subir uma calçada sem rampas! Me perdoem por falar dessa maneira, mas é o que eu e todos os cadeirantes vivemos todos os dias! Nãos somos tadinhos, mas pessoas inteligentes e prontas para conquistar o que é nosso! Temos direito a viver uma vida normal e não com olhar de dó. É nosso direito e estou aqui para pedir, por favor, olhem as calçadas, os banheiros! Agradeço a atenção de todos e me perdoem se falei algo que alguém não gostou”, finalizou a vereadora Rosy.

As palavras da vereadora Rosy foram recebidas com muita indignação por parte de seus colegas de Câmara. Alguns, inclusive, fizeram pronunciamentos taxativos em defesa à causa levantada por ela e prometeram ajudar nas cobranças para que a Prefeitura viabilize logo melhores condições para todos. - AJUDE O jornal que lhe informa a todos os momentos: faça um PIX de qualquer valor para 11.086.919/0001-66. - CLIQUE AQUI e receba os conteúdos do JOGO SÉRIO em seu whatsapp. - NESSE LINK, você passa a seguir a nova fanpage/facebook Jornal JOGO SÉRIO. - A QUALQUER instante, acesse www.jornaljogoserio.com.br e fique muito bem informado.

 

 

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