Autor: Aline - Data: 21/10/2025 17:08

Vereadores têm entendimentos divergentes sobre projeto que os aproxima ou não da população

Os vereadores Pedro, Danilo, Carlão e Léo manifestaram pontos de vista distintos quanto ao projeto
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Vereadores da Câmara Municipal de Guaxupé, no Sudoeste mineiro, divergiram nesta noite de segunda-feira, 20 de outubro, por conta de um projeto apresentado pela Mesa Diretoria, relativamente à mudança do formato da “Câmara Itinerante”. Isto, porque o conteúdo altera o formato original, de 2018, que obrigava os legisladores a reuniram-se pelo menos duas vezes ao ano nos bairros. Relançada agora, a matéria flexibiliza a necessidade dos políticos irem até o povo e cria opções diferentes, as quais foram contestadas por parte do Parlamento local.
O projeto, elaborado pelo presidente Wilson Ruiz de Oliveira (Tomate), em parceria com o vice-presidente, Danilo Martins de Oliveira e do 1º secretário, João Inácio Silva Citton, foi apresentado, pela primeira vez, na semana passada, quando os propositores enfatizaram a importância de modernizá-lo. Porém, os vereadores Pedro Luiz Alves e Carlão, do Jornal JOGO SÉRIO, manifestaram-se contrários, haja vista que, no entendimento deles, a mudança trará prejuízos à população (já que, agora, as visitações em bairros e os contatos com o público passarão a ser de responsabilidade da Comunicação Institucional da Câmara e não mais dos vereadores). Preocupado, Pedro elaborou emendas, a fim de assegurar a obrigatoriedade dos políticos nos encontros, mas suas proposições foram indeferidas pela Comissão de Justiça e Redação, em atendimento do setor Jurídico da Casa).
Já na sessão de ontem, quando o projeto foi apreciado para 2ª votação, Danilo Martins voltou a defender a mudança, sob a alegação de que o objetivo é flexibilizar, mas não evitar o contato com o povo: “É um formato muito mais flexível! Hoje, se quisermos montar um estande na feira e, ao mesmo tempo em que se divulga projetos institucionais da Câmara, permite-se que o vereador esteja presente ouvindo as pessoas”, justificou o vice-presidente, que chamou a atenção também sobre a legalidade do projeto Câmara Itinerante, criado por ele mesmo em 2018. “Não sou vereador de Câmara Itinerante! Sou vereador itinerante, pois trabalho com transportes e faço coleta nas empresas, onde dou liberdade para o cidadão me passar seus problemas”, manifestou-se Leonardo Donizetti de Moraes (Léo), que criticou o modelo antigo da Câmara Itinerante: “Fui abordado num bairro, por uma pessoa embriagada e não sabe-se como a pessoa vai reagir, pois a Câmara Itinerante foi noticiada por motinha volante nas ruas e, por isso, não se sabe quem chegará ali”, justificou-se Léo.
Já Pedro Alves, que antes da discussão do projeto usou a Tribuna para pedir a retirada da matéria apresentada pela Mesa Diretora (mas não foi atendido), declarou: "Pode deixar facultativa a presença dos vereadores, mas determinar que pelo menos um bloco parlamentar conduza as Câmaras Itinerantes e não os servidores da Casa. Sei que todos os vereadores farão questão de participar, mas com essa mudança, isso ocorrerá somente por boa vontade, pois a lei não contempla essa obrigatoriedade", sugeriu ele. "O povo espera que os vereadores tenham contato com ele e não os servidores da Câmara", complementou Pedro.
Também Carlão, do Jornal JOGO SÉRIO, argumentou: "Precisamos de ir aonde o povo está. Enquanto jornalista, vi muitas benfeitorias sendo feitas por meio de Câmaras Itinerantes", opinou ele, que completou: "Esse projeto, do jeito que está sendo proposto, está tirando sim a proximidade dos vereadores. Não fizemos nem uma Câmara Itinerante esse ano e temos de ir àquele povo civilizado, mas também até o povo revoltado, pois encontraremos pessoas sedentes, as quais trabalham tanto que não têm disposição, por exemplo, pra vir até a Câmara".
Antes da votação, Maria José Cyrino Marcelino, Rosilene Aparecida Silva (Rosy Cadeirante), Mônica Ribeiro de Magalhães Reis fizeram uso da palavra. Após a votação, Nelzina Vieira Lara comentou o tema (a íntegra da sessão está disponível na parte de vídeo dessa matéria). Já durante a votação, o projeto foi aprovado com os votos favoráveis de Danilo, Maria José, Mônica, João Inácio, Francis Osmar da Silva, Léo Moraes e Nelzina e Ademir Justino de Moraes. Contra as modificações votaram Carlão, do Jornal JOGO SÉRIO, Pedro Alves e Marcelo Braghetta Pedroza; Rosilene Aparecida da Silva (Rosy Cadeirante, que participou da sessão a distância em função da reforma do prédio, se absteve de votar, pois não se convenceu com as argumentações).
Além desse tema, a 36ª Sessão da Câmara Municipal tratou da aprovação do novo Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Guaxupé e de pronunciamentos do Grande Expediente. Realizadas às segundas-feiras, a partir das 19 horas, as sessões do Legislativo são abertas ao público - que pode usar a Tribuna Popular - e transmitidas ao vivo no Youtube. - AJUDE O jornal que lhe informa a todos os momentos: faça um PIX de qualquer valor para 11.086.919/0001-66. - CLIQUE AQUI e receba os conteúdos do JOGO SÉRIO em seu whatsapp. - NESSE LINK, você passa a seguir a nova fanpage/facebook Jornal JOGO SÉRIO. - A QUALQUER instante, acesse www.jornaljogoserio.com.br e fique muito bem informado. 

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